quarta-feira, março 28, 2007

Termos de Iluminação

NOTA: este é apenas um pequeno glossário. Existem muitos outros termos do mesmo género que serão depois explicados e documentados.

AFINAR LUZES
depois de dispostos os projectores, afinam-se, ligando-os e dando-lhes o ângulo e regulando a abertura (dos feixes luminosos) adequados à iluminação pretendida. Esta tarefa é executada por iluminadores, que dirigem os projectores segundo as indicações dos que estão em cena.

DESENHO DE LUZES
é uma planta que mostra a disposição de todos os projectores, a sua orientação e a zona que iluminam na cena. Devem ser numerados tendo em vista a sua correspondência nos canais da mesa de luz. No diagrama, os diversos tipos de projectores podem ser indicados por símbolos que os identificam.

DIMMER
é um graduador da intensidade da luz que vem substituindo o antigo reostato de resistência. Permite que a luz de uma cena vá aumentando gradualmente, ou, pelo contrário, diminuindo até ao escuro. Esta regulação é feita a partir da mesa de luz, à qual os dimmer’s estão ligados.

IODINE
tipo de projector de luz geral, de grande ângulo de abertura, sem lente. É muito usado para produzir a luz do horizonte, no fundo da cena, no ciclorama.

LENTE
disco de vidro ou outro material transparente usado nos projectores para mudar, como num prisma, a direcção dos raios de luz que a cruzam.

LUMINOTECNIA
técnica que consiste em iluminar artificialmente a cena teatral com fins artísticos. Com ela se visa não só uma boa visibilidade mas também a criação de efeitos visuais que participem da acção dramática.

LUZ DE CICLORAMA
luz que ilumina o ciclorama (grande tela colocada no fundo do palco), normalmente formada por projectores chamados iodines.

MESA DE LUZ
mesa de operações da luz. É o ponto de chegada dos circuitos provenientes dos projectores, passando através dos dimmer’s. Funcionam através de resistências eléctricas e actualmente são computadorizadas, dispondo portanto de memória e possibilitando a visualização dos diversos circuitos através dum monitor.

PROJECTOR
aparelho eléctrico de iluminação dispondo de lentes e reflectores, destinado a projectar sobre a cena um foco de luz.

RAKS
conjuntos de dimmer’s, numa armadura ou caixa metálica.

ROTEIRO DE LUZ
lista contendo, por ordem, as «deixas» (e os efeitos correspondentes) que determinam as operações de luz.

TEMPERATURA DE COR
toda a luz, seja a luz do dia (natural), seja a luz artificial, apresenta diferentes tonalidades cromáticas, consoante a hora do dia, o estado do tempo, ou o tipo de lâmpadas que se empregam. Estas diferentes tonalidades são designadas por temperaturas de cor.

VARAS
estruturas horizontais, suspensas do urdimento onde se penduram os projectores. Actualmente, muitas destas varas são electrificadas, dispensando assim uma grande quantidade dos cabos eléctricos que ligam os projectores aos dimmer’s.

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Máscara: Introdução

A Máscara Teatral não é um simples objecto artístico para cobrir o rosto, substituindo o trabalho de actor. Diferentemente de um quadro ou uma escultura, a Máscara não pode "viver" sozinha...



A Máscara, sem sombra de dúvidas, é o mais representativo elemento de toda história do teatro e em todas as culturas são encontradas máscaras como elementos de comunicação capazes de transmitir a essência da vida de seu povo.

Para a realização de uma Máscara Teatral não basta o mascareiro ter um conhecimento técnico dos materiais utilizados na sua confecção.

É importante concebê-la enquanto um elemento que detém características próprias necessárias para sua funcionalidade cénica, considerando a sua relação com o espaço físico onde será utilizada, contexto na qual está inserida, época e todas as suas particularidades de estilo de linguagem.

A fisionomia é um afloramento de linhas de forças que produzem o seu sentido de vida. Cada traço, relevo - todo seu feitio - definem características relacionadas a um peso, uma idade, um ritmo, um comportamento. Sugerem um estilo de jogo com qualidade de energia específica. Propõem um estado de representação - apenas sendo possível vivê-lo diante de um pleno comprometimento físico do actor, imerso num processo dinâmico inerente à Máscara.

Por isso tudo é importante o actor conhecê-la em todos os seus detalhes, desenvolvendo uma verdadeira amizade, relacionando-se com todos seus sentidos.

A linguagem da Máscara é feita de luz e sombra, de sons fortes e suaves, de silêncio, de movimentos e pausas, harmoniosamente contrapostos.

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Março - Mês do Teatro 2007 V

Está quase a terminar este fantástico «Março - Mês do Teatro»! Para fechar com chave de ouro, eis as actividades marcadas para todos os alunos do 12º Curso de Iniciação Teatral.

Dia 29 de Março – Quinta-feira (21:30 horas)

Espectáculo de Teatro
«Drôles d'Histoires»
Nicolas Haudelaine



Descrição: Nicolas Haudelaine interpreta entre outros: um homem desesperado, tentando explicar à sua esposa as razões que justificariam uma eventual separação; um homem político que vem à televisão se confessar; um paranóico que tenta nos convencer que está sendo constantemente seguido por estranhos; um cirurgião desorientado; um ministro saindo de um Conselho de Ministro; um sociólogo louco; um fanático pronto para tudo no intuito de servir o seu Presidente. Estes são alguns dos personagens interpretados nesta peça, que tem tudo para animar o público por mais de uma hora de espectáculo.

Produção: Associação Mindelact e Centre Culturel Français Praia.
Local: Auditório do Centro Cultural do Mindelo


Dia 30 de Março – Sexta-feira (21:30 horas)

Espectáculo de Teatro
«un Cinquentinha»
Sarron.com Teatro & Companhia



Descrição: Tal como no ano passado, cabe à mais nova companhia teatral mindelense o encerramento do programa oficial do «Março - Mês do Teatro» em S. Vicente. «Cinquentinha» da autoria de Neu Lopes, é a terceira produção do novel grupo de teatro, e promete encerrar o mês de Março com chave de ouro. A peça narra as vivências de três personagens pouco convencionais que, mesmo vivendo de uma forma miserável, sentem-se felizes com um grande laço de amizade que conseguem criar durante anos de convivência.

Produção: Sarron.com Teatro & Companhia
Local: Auditório do Centro Cultural do Mindelo


Nota: até ao final do mês devem os alunos entregar todas as críticas aos espectáculos.

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Iluminação: projectores

PROJECTORES CONVENCIONAIS

PC



A origem do nome deste projector vem da sua lente tipo plano convexo. Essa lente permite criar focos redondos, ou sobrepostos, originando a luz geral (se montados virados para o palco), ou a contra luz (se montados no fundo do palco, virados para frente). Este projector, assim como o Fresnel, possui um carrinho, onde fica localizada a lâmpada, que desliza para frente ou para trás, permitindo assim que o foco aumente e diminua de tamanho.

Fresnel



Nome relacionado com o seu criador, Augustin Fresnel, que desenvolveu este tipo de lente para aperfeiçoar os faróis de navegação. A luz emitida por estes projectores não permite focos tão definidos como o PC mas sim uma luz difusa e esfumaçada. As sombras não são tão duras (dramáticas), e são usados também em cinema e televisão. Podemos encontrar nas potências de 500 watts e 1000 watts (mais comuns), mas também de 2000 e 5000 watts.

Recorte



Esse projector tem duas lentes e bastantes recursos. Com essas duas lentes, ele consegue uma definição melhor do foco (o bordo do foco chega a ficar azul o que quer dizer que está com uma boa afinação, ou seja, que o projector está “de saúde”) e também podemos desfocá-lo até ficar próximo do efeito conseguido com um Fresnel. Possui quatro facas de corte, acessório utilizado para recortar o foco. Podemos deixá-lo quadrado, rectangular, triangular, enfim, de acordo com a imaginação e a necessidade.

Codas ou iodines



Normalmente usados para iluminar grandes áreas como jardins ou campos de futebol, estes projectores também têm um papel importante no teatro, pois servem para fazer luzes de ciclorama, ou seja criar ambientes de cores diferentes durante o espectáculo e consoante a dramaturgia e a encenação da peça. Mesmo sabendo que há muitos técnicos que afirmam que estes projectores não têm muita utilidade, o importante é saber-se que todos os projectores têm o seu valor, e que isso só depende da capacidade de cada técnico de alcançar o melhor rendimento em cada caso. Este tipo de projectores, em teatro, é mais utilizado para luz de ciclorama.

Par



Há quem pense que este projector se designa Par porque são ligados dois em dois, mas não é bem assim. Par significa Parabolic Aluminised Reflector , ou seja atrás de toda a lâmpada Par existe um espelho parabólico como num farol de fusca. Há vários tipos de Par: Par 16, 36, 56 e 64. O Par 64 é o mais usado em teatro e também muito usado em espectáculos musicais. Geralmente estão equipados com lâmpadas de 1000 watts, e de 220 volts (embora ainda seja freqüente encontrar com 110 volts). Conforme a lente que fica acoplada junto à lâmpada e ao espelho, o foco pode ser maior ou menor. Para fazer este foco maior ou menor há vários tipos de lâmpada, como por exemplo (cp60 fechado, cp 61 aberto, cp 62 aberto e cp 64 muito aberto).

Folowspot ou seguidor



Este projector tem basicamente as mesmas características de um Recorte, mas tem uma particularidade: o Folowspot encontra-se em cima de um tripé próprio que fica em qualquer lugar do teatro e serve para seguir as movimentações de um actor em cena (ou objecto). Estes projectores têm ainda 5 cores disponíveis, que o operador pode mudar de acordo como as indicações que tiver do encenador ou do desenhador da luz do espectáculo.

PROJECTORES “ROBOTIZADOS”

Até agora falou-se de projectores convencionais, assim chamados porque são projectores que têm uma certa limitação em termos de movimento, dado não se mexerem sozinhos, como acontece com um robot. Estes projectores convencionais descritos, podem deixar de o ser graças à enorme evolução tecnológica dos últimos anos, que permitiu que a robótica chegasse ao ramo da iluminação de espectáculos.

Todos sabemos que o homem tem uma capacidade muito grande de criar e de evoluir. Na iluminação a mesma coisa acontece. Ainda hoje em muitos teatros o técnico é obrigado a subir escadas metálicas ou andaimes para afinar luzes e a robótica é um primeiro e fundamental passo para facilitar o trabalho dos técnicos de iluminação. Muito usada em música, já existem vários teatros e salas de espectáculos equipados com projectores robotizados, sabendo-se que vai demorar ainda algum tempo para que todos os teatros possam usufruir deste material, porque é extremamente caro.

Os projectores robot’s são PC, Fresnell, Recortes ou Pares, iguais aos já descritos, com a diferença que têm uma lira robotizada que poder ser adaptada. Para se ter um destes projectores, não é necessário adquirir todo o conjunto. Já tendo um projector convencional, basta adquirir uma destas liras e adaptá-la ao nosso projector.



Exemplo: Um projector Recorte com lira robotizada

A lira é a peça que está a segurar o projector e pode rodar para esquerda ou para a direita, subir ou descer, regular a abertura da focagem, isso tudo com o técnico sentado na cadeira de um teatro, e com um dispositivo para os afinar à distância.

Estes projectores chamam-se numa linguagem comum de robo’s precisamente porque fazem tudo o que for necessário em termos de afinação: posição, focagem, mudança de cor, etc. Um mundo novo abre-se para o ramo da iluminação com estes materiais, porque permitem um trabalho não só muito mais cómodo, como mais eficiente, dado que o tempo que demora afinar um espectáculo com este tipo de projector é incomparavelmente menor.

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Iluminação: tipos de luz

TIPOS DE LUZ



Luz de frente (ou luz frontal): luz geral colocada virada para o palco, que banha toda a cena. Pode ser simétrica ou não, de acordo com o desenho desejado. A angulação clássica é 45º, pois não encandeia os olhos do actor, ilumina-o bem e a sua sombra quase que corresponde ao tamanho dele projectado no chão, ou seja se fosse um angulo de, por exemplo, 30º, a sua sombra invadiria o cenário.

Contra luz: luz que banha os actores por trás, que tem como objectivo principal dar uma certa profundidade à cena e tirar algumas sombras que possam existir. Hoje em dia usa-se muito a contra luz para criar e projectar propositadamente sombras, originando em muitos casos efeitos bem interessantes. Esta luz pode ser afinada de uma forma directa ou cruzada.

Luz cruzada: promovendo o cruzamento das luzes, automaticamente reduz-se muito as sombras. Afinando com vários projectores de forma cruzada, uma sombra anula a outra, permitindo assim um outro tipo de tratamento. A iluminação cruzada é muita usada em televisão.

Foco ou luz pontual: serve basicamente para destacar uma zona como se fosse um zoom de uma câmara.

Luz de lateral: inicialmente era essencialmente utilizada em espectáculos de dança, pois serve para delinear a forma do corpo dos bailarinos(as), mas hoje em dia está a ser usada muito também em teatro.. Normalmente são instaladas em torres laterais, em cima do palco (mas fora da vista do público).

Luz da ribalta: é usada em frente do palco para suprimir sombras que possam existir na face dos actores, sendo também muito utilizada para marcar o espaço até onde o actor pode ir. Se um actor estiver no escuro e supondo que há um buraco no palco (por exemplo um fosso de orquestra), o actor tem que ter algo que lhe dê um limite de representação.

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sexta-feira, março 23, 2007

Criado o Fórum do Teatro Cabo-verdiano



Para falar e discutir abertamente sobre e do Teatro em Cabo Verde

Já há algum tempo que se vinha sentindo a falta que fazia um espaço como este: um fórum, aberto à participação de todos, onde se podem discutir, de forma franca e desinteressada, todos os assuntos respeitantes ao teatro em Cabo Verde. O teatro de ontem, o de hoje e aquele que queremos para o amanhã. Inscreve-te e participa.

Endereço: www.mindelact.queroumforum.com

Como funciona e para que serve um Fórum?

Fórum de discussão é uma ferramenta para páginas de Internet destinada a promover debates através de mensagens publicadas abordando uma mesma questão.

Os fóruns de discussões basicamente possuem duas divisões organizacionais, a primeira faz a divisão por assunto e a segunda uma divisão desse em tópicos. As mensagens ficam ordenadas decrescentemente por data, da mesma forma que os tópicos ficam ordenados pela data da última postagem.

Como os fóruns armazenam as mensagens, os participantes que acessam um tópico pela primeira vez podem acompanhar mais facilmente a discussão assim evitando redundâncias e torna mais eficientes as retomadas ao tema, tornando uma discussão com pausas, como se fosse interrupta.

A escrita das mensagens pode ser mais trabalhada, objectivada, diferente das salas de bate-papo onde se trabalha mais instantaneamente ficando mais passível a desvios gramaticais e de raciocínio.

Fonte: wikipédia

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segunda-feira, março 19, 2007

Reflexões Teatrais 19



«O palhaço é uma das chaves fundamentais do teatro, porque não há teatro possível se, previamente, não forem adquiridas as técnicas expressivas e gestuais que um palhaço é capaz de dominar.»

Dario Fo - Dramaturgo e Prémio Nobel da Literatura
(1926 - )

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Março - Mês do Teatro 2007 IV

Actividades do «Março - Mês do Teatro» para todos os alunos do 12º Curso de Iniciação Teatral.

Dia 20 de Março - Terça-feira (19:00 horas)

Ciclo de Documentários «Teatro em Construção»
«Nenhum Motivo Explica a Guerra»
Realização de Cácá Diegues



Descrição: um documentário sobre o trabalho de intervenção artística realizado numa das mais problemáticas zonas do planeta, uma das favelas do Rio de Janeiro. Nela, a ONG AfroReggae desenvolve um imenso e meritório trabalho com as comunidades, que tem merecido o aplauso internacional.

Produção: Associação Mindelact & Casa Café Mindelo.
Local: Casa Café Mindelo.


Dia 22 de Março – Quinta-feira (21:30 horas)

Espectáculo de Teatro
«Quem Vai Ser Esta Noite?»
Projecto Teatral Praia



Descrição: Um quarto, nenhuma janela, duas camas, um jornal, um relógio só com o ponteiro dos segundos, duas mulheres obrigadas a esperar… Este é o mote para o espectáculo. O isolamento e uma convivência forçada, num espaço exíguo, por tempo indeterminado, conduz impreterivelmente a um estado de tensão que gera conflito, faz cair as máscaras, fazendo com que cada uma delas mostre o seu pior lado. Ou será apenas o mais verdadeiro? Uma adaptação singular de um texto de Harold Pinter, Prémio Nobel da Literatura em 2005. Destaque para as interpretações de Micaela Barbosa e Matilde dias e a encenação de João Paulo Brito.

Produção: Associação Mindelact e Projecto Teatral Praia.
Local: Pátio do Centro Cultural do Mindelo



Espectáculo de Teatro
«Linha de Pesca»
TIM - Teatro Infantil do Mindelo

Descrição: graças a uma parceria com a WWF, o Teatro Infantil do Mindelo aposta desta vez numa peça dirigida a todas as idades, tendo como tema central a difícil vida dos nossos pescadores, as agruras, os dissabores, mas também as alegrias e surpresas de quem escolheu fazer do mar, a sua principal fonte de sustento. Ou como diz o protagonista da história: «Ah Vida de mar! Na mar un tem ganhode nha vida, na mar un ganhá nhas côle e nhas dôr! Un vida intêra de kansera... ma também de sabura...».

Produção: Teatro Infantil do Mindelo e WWF - Projecto de Conservação Marinha e Costeira.
Local: Auditório do Centro Cultural do Mindelo


Nota: como devem ter reparado, vamos ter dois espectáculos de teatro na quinta-feira, um às 19:30 horas e outro às 21:30 horas. Portanto, tragam merenda!

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Técnica do Cloun II



Algumas notas importantes referentes ao cloun teatral

  • Não explicar situações – por gestos, por exemplo – ao público. O público não é estúpido.
  • O palhaço deve ser generoso e bem disposto.
  • O palhaço nunca diz que não directamente.
  • Evitar o nível baixo (sentado ou deitado), pois será necessário um grande esforço para repor a quebra de energia.
  • Sempre, sempre, ser sincero
  • O último olhar – no final de alguma cena – deve ser sempre dirigido ao público.
  • Um palhaço não toca no companheiro sem primeiro pedir licença.
  • O palhaço não ri, são os outros que o fazem.
  • Os dois palhaços não estão em acção em simultaneo. Um faz olhando o público, o outro observa.
  • Aceitar as propostas que aparecem, entrar no jogo.
  • Escutar os risos do público e tentar entender porquê: algo que funcionou!
  • Atenção aos gestos explicativos: são desnecessários.
  • As respostas devem ser dadas com as emoções, com o rosto e com o corpo.
  • Atenção ao olhar: ou é para o público, ou é para o companheiro. Nunca está perdido, nem no chão, nem no céu.
  • Não fazer coisas só por fazer, seguir uma linha lógica de acção
  • Manter a concentração.
  • Não ter medo de exprimir emoções, para isso levar o tempo que for necessário.
  • Use o espaço disponível.

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Sondagem 03: o Teatro está vivo!

O resultado da nossa segunda sondagem 03 foi o seguinte:



Parece que apesar de alguma discussão à volta deste assunto, a grande maioria concorda que o nosso teatro está bem e recomenda-se ou, no mínimo, está bem, sim senhor!

A sondagem 03 obteve 48 participações, quase o dobro da anterior. Parabéns a todos!

Próxima sondagem:

Como está o «Março - Mês do Teatro»?

Vamos re-dobrar a participação?

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Técnica do Cloun I

A Técnica de Ping Pong




  • No momento de começar, ambos os palhaços estão de olhos fechados;

  • O primeiro que abrir os olhos olha para o companheiro;

  • O palhaço que estiver olhando para o público é o que detém a acção;

  • Enquanto um palhaço olha para o público – e tem a acção, o outro olha para ele – podendo ter a reacção.

  • Não perder nunca o ping pong;

  • Atenção dirigida para quem tem a acção;

  • Quem tem acção olhar sempre para o público;

  • Mesmo com três actores, o que estiver olhando para o público é quem tem a acção, os outros observam-no;

  • Ser claro na forma como dirige o olhar, seja para o público, seja para o colega;

  • Não podem dois palhaços estarem a olhar um para o outro.
    • Foto: «Cloun Creolus Dei» - GTCCPM


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      Reflexões Teatrais 18



      «É bem conhecida a facilidade com que os palhaços se fazem entender pelo público, e pena é que eles não saibam mais coisas para no-las dizerem daquela maneira tão agradável. Se eles soubessem tanto como os sábios, nós todos passaríamos a ser sábios por termos aprendido com os palhaços. Mas, infelizmente, os sábios não sabem dizer o que sabem, e os palhaços sabem, mas não sabem nada.»

      Almada Negreiros - Artista Plástico
      (1893 - 1970)

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      quarta-feira, março 14, 2007

      Março - Mês do Teatro 2007 III

      Actividades do «Março - Mês do Teatro» para todos os alunos do 12º Curso de Iniciação Teatral.

      Dia 15 de Março - Quinta-feira (19:00 horas)

      Ciclo de Leituras Dramatizadas «Barcos de Papel»
      «O Céu é Cheio de Uivos, Latidos & Fúria dos Cães da Praça Rosevelt»
      Sueli Duarte e Isa Dora Lélis



      Descrição: leitura dramatizada da peça do brasileiro Jarbas Capusso Filho com a peça "O Céu é Cheio de Uivos, Latidos & Fúria dos Cães da Praça Rosevelt", interpretado pela actrizes Sueli Duarte e Isa Dora Lélis .

      Produção: Associação Mindelact & CAIR-TE Teatro.
      Local: Biblioteca do CCP-IC.


      Dia 16 de Março – Sexta-feira (21:30 horas)

      Espectáculo de Teatro
      «Loucuras d'Amor»
      Atelier Teatrakácia



      Descrição: a peça tem como tema central uma crise que muitos casais enfrentam após um determinado tempo juntos, em que praticamente deixa de existir um relacionamento amoroso, no verdadeiro sentido da palavra. A traição, a luta por manter um casamento, a inveja e o relacionamento a três são alguns dos ingredientes que apimentam esta peça que tenta, de forma modesta, nos despertar para estes problemas.

      Produção: Atelier Teatrakácia.
      Local: Auditório do Centro Cultural do Mindelo

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      Termos Cenográficos



      NOTA: este é apenas um pequeno glossário. Existem muitos outros termos do mesmo género que serão depois explicados e documentados.

      BAMBOLINA
      Uma das vestimentas suspensas sobre toda a extensão do palco, que evita o vazamento do urdimento e define a altura do palco, em tecido de pouca altura e comprida. (1)

      BOCA DE CENA
      Vão aberto na caixa cénica que define a máxima abertura do palco, que pode ser reduzida em altura e largura pela bambolina mestra e pelos reguladores. (2)

      BASTIDORES
      Parte não visível, do ponto de vista do público, do palco e de todas as zonas que compõem o teatro. (3)

      CAMARINS
      Local destinado à preparação do actor, para entrar em cena. É onde se veste, se maquilha e se concentra, antes de entrar em cena.

      CICLORAMA
      Grande tela com armação em forma de "U" aberto e que é colocada ao fundo do palco. Pode ser nas cores branco, pérola, cinza, azul claro ou mesmo preto. Muito utilizado para efeitos de contra luz. (4)

      CORTINA CORTA FOGO
      Cortina de metal que separa a caixa cénica da platéia em caso de incêndio. (5)

      COXIAS
      Espaços de serviço e circulação não visíveis ao público, localizados nos extremos laterais e de fundo do palco, determinando o movimento da cenografia e acesso de actores. As laterais com uma dimensão mínima da metade do palco e o fundo com espaço suficiente para a passagem de actores. (6)

      FOSSO DE ORQUESTRA
      Espaço que abriga conjuntos de músicos, não interferindo com o visual do público por estar no plano inferior ao nível do palco. Pode ser executado através de elevadores hidráulicos ou pisos removíveis (quartelada). (7)

      LINÓLEO
      Tapete formado por várias lâminas ou passadeiras, usado especialmente na dança.

      PALCO
      Espaço visual para o público ou área de actuação. (8)

      PANO DE BOCA
      Telão principal que cobre toda a boca de cena. Pode ser ornamentado, pintado ou simples. (9)

      PERNA
      Elemento que se caracteriza como limite lateral do palco. Tecido sem armação. O conjunto das pernas e bambolinas fazem parte da "caixa negra". (10)

      PISO DE PALCO
      O plano de piso no palco, executado sobre uma caixa de ressonância com um espaço interno livre que permita uma boa emissão sonora, aberturas e elevações do mesmo. Com altura máxima de 1,10 metros em relação ao piso da platéia.

      PLATEIA
      Lugar destinado ao público, num teatro tradicional, com um único nível. (Pode haver teatros com 1º Balcão, 2º Balcão, Camarotes e Galerias) (11)

      PROSCÉNIO
      Prolongamento no mesmo nível do palco projectado até ao público que se adapta a diversas formas e dimensões, e vai desde a linha onde cai o pano de boca até ao seu limite. (12)

      QUARTELADA
      Tampos de madeira que compõem o piso do palco.

      REGULADORES
      Painéis que se localizam à direita e à esquerda da boca de cena, definindo a sua abertura e evitando o vazamento (de luz e cenário) e também limitando o proscénio. (13)

      ROTUNDA
      Grande tela que é montada sempre à frente do ciclorama.

      TEIA TÉCNICA
      Conjunto de varas de luz existentes no teatro. (14)

      URDIMENTO
      Parte alta da caixa de palco, escondida do espectador, e onde se podem colocar os telões ou partes de um cenário que se mantém nesse espaço até à altura de descerem à cena.

      VARA DE CENÁRIO OU DE LUZ
      Barra de metal ou madeira, utilizada para se dependurar elementos cenográficos, equipamentos de luz e vestimentas de palco.

      VARANDA DE CARGA E DE MANOBRA
      Lugar onde se localiza a contrapesagem das varas de luz e de cenário. Lugar onde se encontram os freios, a barra de malaguetas e a barra de afinação e trabalham os maquinistas.

      VESTIMENTA DO PALCO
      Conjunto de elementos da cenografia e da cenotécnica que cria o envoltório do espaço cénico e determina a concretização da caixa cénica.

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      domingo, março 11, 2007

      Noticia: «Mulheres na Lajinha»



      Alunos do XII Curso de Iniciação Teatral:

      Na próxima segunda-feira, dia 12, o GTCCPM vai realizar um espectáculo extra da peça «Mulheres na Lajinha». Tendo em conta que é na hora da aula, e que vocês tem que escrever uma crítica ao espectáculo, estão desde já convidados a revisitar as nossas mulheres.

      Haverá aula normal, no mesmo local de sempre, só que mais curta, com a entrega da 1ª Prova Teórica do curso e sua correcção.

      João Branco

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      terça-feira, março 06, 2007

      Março - Mês do Teatro 2007 II

      Como sabem, a presença nas actividades do «Março - Mês do Teatro» são obrigatórias, na sua maioria, para todos os alunos do 12º Curso de Iniciação Teatral. Aqui se vai dando conta, semana a semana das actividades a que não devemos faltar.

      Dia 06 de Março - Terça-feira (19:00 horas)

      Ciclo de Documentário «Teatro em Construção»
      «Brook by Brook»
      Realizado por Simon Brook (França)



      Descrição: o retrato de um dos mais importantes encenadores e teóricos teatrais do mundo contemporâneo, vistos pelo olhar do próprio filho, realizador e documentarista. Indispensável.

      Produção: Associação Mindelact & Casa Café Mindelo.
      Local: Casa Café Mindelo - Terraço.


      Dia 09 de Março – Sexta-feira (21:30 horas)

      Espectáculo de Teatro
      «Mulheres na Lajinha»
      Grupo de Teatro do CCP - IC



      Descrição: adaptação do romance do mais famoso escritor cabo-verdiano Germano Almeida «Mar da Laginha», esta peça procura captar a essência do espírito feminino da obra do autor, com todo o humor e a boa disposição que o caracterizam, onde as conversas sobre sexo e relações pessoais ocupam lugar de destaque.

      Produção: Grupo de Teatro do Centro Cult. Português do Mindelo / IC.
      Local: Auditório do Centro Cultural do Mindelo



      Dia 10 de Março – Sábado (16:30 horas)

      Assembleia Geral Extraordinária da Associação Mindelact
      Ass. Mindelact



      Descrição: o mais importante momento formal do ano, no que diz respeito à Associação Mindelact. A revisão dos Estatutos e a escolha do Prémio de Mérito Teatral para 2007 serão os pontos fortes da discussão. Uma oportunidade para os alunos que ainda não são sócios da Associação Mindelact e pretendam sê-lo, podem participar, formalizando a sua inscrição antes da própria Assembleia Geral.

      Produção: Associação Mindelact.
      Local: Assembleia Municipal de S. Vicente
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      Cenografia: tipos de palco

      Um dos primeiros aspectos a considerar na montagem de um espectáculo teatral, passa por sabermos com que palco podemos contar, ou seja, saber qual o lugar onde se vai erguer o espectáculo a que se propõe.

      O local onde encenar é particularmente importante, até porque em Cabo Verde são muito poucos os espaços equipados ou construídos para o Teatro. Temos portanto que adaptar o espaço que temos disponível às nossas necessidades cénicas.

      Tradicionalmente existem cinco espécie de palcos:

      A) O “tréteau” ou tablado descoberto: consiste essencialmente num estrado encostado a uma parede, ou no caso de teatro ao ar livre, encostado a um monumento. Só a essa parede se podem encostar os elementos do cenário e tem condições para ter o público circundando-o por três lados. Era o palco habitual da Commedia Dell’Arte e dos teatros de feira. Em geral quando um espectáculo decorre num tablado descoberto não se usa pano de boca. Este é o tipo de palco que, por razões estruturais mais se utiliza em Cabo Verde. Mesmo que não haja estrado, basta um espaço, pomos o público num lado e apresentamos o espectáculo no outro. No antigo edifício do Centro Cultural Português (prédio do Amarante), onde encenamos as nossas primeiras peças, foi isso que fizemos, embora por vezes possamos tentar elevar algumas zonas do público com estrados para uma melhor visibilidade.

      B) O palco à italiana: é o palco mais habitual, o mais clássico, e o que geralmente encontramos nas salas dos grupos de teatro profissionais. Classicamente, funciona como um mundo separado do mundo do público, que a ele assiste como ao espectáculo de um quadro vivo. Em Cabo Verde, como exemplos deste tipo de palco temos o Éden Park, no Mindelo, o auditório Jorge Barbosa e o auditório da Assembleia Nacional, na Praia.



      C) O palco à inglesa: que mais não é do que uma variante do palco à italiana, mas em que a parte da frente do palco - a ribalta - é anulada, sendo ao palco acrescentado uma espécie de corredor central. É o caso dos teatros da época de Shakespeare, como o Globe Theatre. Em Cabo Verde, não existe nenhuma estrutura deste tipo.



      D) O palco rebaixado ou anfiteatro: difere do palco à italiana e do palco à inglesa apenas pelo local destinado ao público que, por se sentar num anfiteatro, tem uma visão mais clara do palco. É o exemplo que todos melhor conhecemos, pois corresponde à descrição do auditório do Centro Cultural do Mindelo, a sala mais utilizada pelos grupos teatrais de Cabo Verde.

      E) O palco de arena: consiste apenas num grande estrado colocado no meio dos espectadores, ou até, um espaço central sem estrado. Este tipo de palco, dispensa todo o cenário, impossibilita as ocultações, apenas realizadas em momentos por um corte de luz. Os circos tradicionais funcionam neste tipo de estruturas que podem ser feitas em qualquer local e por isso é uma boa hipótese para quem faz teatro em Cabo Verde.



      Seja como for, e no que diz respeito ao lugar onde representar a peça que queremos encenar, não nos devemos preocupar muito com isso. Tudo é adaptável. Como já se disse aqui, basta que haja um espaço vazio e material humano, o resto virá por si.

      Foi o que aconteceu, por exemplo, na peça “O Fantasma de S. Filipe”, feita no átrio do Centro Nacional de Artesanato em Mindelo, onde a encenação se teve que adaptar ao espaço e não o contrário.

      Quando não temos meios, temos que usar a imaginação. “O vazio no teatro permite à imaginação encher os buracos. De maneira aparentemente paradoxal, quanto menos lhe damos mais satisfeita fica. A imaginação fica muito feliz por jogar o jogo” (Peter Brook, In “O Diabo é o Aborrecimento”).

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      domingo, março 04, 2007

      Os Bichos Invadiram a Praça

      E porque uma imagem vale por mil palavras, aqui ficam algumas imagens da (excelente) actuação dos alunos do XII Curso de Iniciação Teatral do CCP-IC, na Praça Nova do Mindelo, no passado dia 03 de Março, incluída na programação do «Março - Mês do Teatro».
















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