segunda-feira, abril 02, 2007

Nação Teatro: período colonial



O quase permanente abandono a que Cabo Verde foi sendo votado pelo poder colonial ao longo da sua história, terá sido um dos maiores potenciadores para a progressiva moldagem e afirmação de uma identidade cultural própria. Também Germano Almeida o sugere quando diz que «as penúrias, mais do que qualquer outro elemento, acabaram possibilitando a formação de uma sociedade miscigenada, se não nos haveres, pelo menos na cor da pele, na língua, na música, na tradição oral, na religião, na sabedoria popular, no estilo de vida, nos costumes e nas regras de convivência». A liberdade [do cabo-verdiano] de auto fazer-se, terá igualmente permitido o desenvolvimento idiossincrático de um talento inato para a representação e do gosto natural e entranhado pelo teatro que se admitem ser apanágios do ilhéu crioulo.

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