segunda-feira, dezembro 18, 2006

Teatro Grego: Arquitectura II



Pela planta baixa dos antigos teatros gregos, podem-se visualizar as seguintes partes:

  • Ao centro, a orchestra, uma espécie de esplanada circular, sobre a qual evoluía o coro, que entra pelos corredores laterais, os páradoi.

  • Abrangendo metade deste círculo, encontra-se o théatron, destinado aos espectadores, um conjunto de degraus dispostos em hemiciclo, divididos em secções radiais e andares, por patamares horizontais.

  • Em frente ao théatron, encontra-se a skéne, uma espécie de construção que se destinava inicialmente a guarda de material e à mudança de roupa dos actores. Depois imaginou-se dotar este edifício de uma parede com várias partes para figurar a fachada exterior da habitação onde transcorria a acção. Nasce, assim, o cenário teatral. Mais tarde, pinturas apropriadas apostas a esta parede passaram a sugerir os cenários cada vez mais arrojados pela concepção do dramaturgo.

  • Ao longo da skéne, estende-se uma passarela denominada proskénion, com três a quatro metros de altura, onde, pensa-se, actuavam os actores. Pode-se dizer que existia entre os espectadores a mesma desigualdade vigente entre a população cénica – actores, coreutas e figurantes: no théatron há as arquibancadas para o público comum e lugares especiais para convidados especiais.





    Alguns teatros tinham capacidade para 5.500 pessoas (Delos); outros, para 14.000 (Epidauros).

    As dimensões deste edifício dão prova da sua popularidade e da sua integração nos hábitos sociais e políticos dos gregos, incrustando algumas das suas contradições na sua própria arquitectura.
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