segunda-feira, maio 21, 2007

A Máscara e o Teatro II

O Enigma das Máscaras

O uso da máscara como elemento cénico surgiu no teatro grego, por volta do século V a.C. O símbolo do teatro é uma alusão aos dois principais géneros da época: a tragédia e a comédia.



No Japão do século XIV, nasceu o teatro Nô, que também utilizou a máscara como parte da indumentária. Um dos objectivos era não revelar para a plateia as características individuais dos actores. Como as mulheres eram proibidas de actuar, as máscaras femininas eram usadas pelos homens, assim como as infantis.




Actualmente, em pleno século XXI, as máscaras ainda são objecto de estudo e trabalho de diversas companhias teatrais em todo o mundo.

Para a máscara ganhar vida, é necessário que o actor se desfaça de sua máscara quotidiana. Diferente da máscara quotidiana que busca ocultar e proteger, a máscara teatral revela a essência da persona representada, imprimindo uma identidade especial e genuína. Ao representar com uma máscara, o actor forçosamente entende como elevar o personagem para uma dimensão teatral, para além do quotidiano. Ele compreende o que é um verdadeiro personagem de teatro, inventado da vida e não um personagem da vida. Assim, quando a Máscara Teatral está viva em cena ela é, em si, o próprio Teatro, pois os princípios básicos que regem sua vida são os alicerces fundamentais da arte teatral. Ela é um arquétipo que propõe ao actor a criação de um estado, com qualidade de energia específica, representando uma natureza que está além do convencional.

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